No início do ano passado peguei a lista dos 10 livros mais vendidos em 2010, obviamente que não li os 10, mas selecionei alguns e entre eles estava "A menina que roubava livros". Pelo nome, logo pensei que seria um livro infanto-juvenil de uma menina que por capricho roubava livros. Me enganei! Era muito mais que isso, este livro é sobre o amor de uma menina pelas letras que se unem formando histórias, pelo seu desejo por poder ler e dar sentido a existência dos livros. Afinal, de que vale um livro se não for para ele ser lido. Eis aí, minha primeira lição.
A contra capa do livro traz a seguinte frase:
"Quando a morte conta uma história você deve parar para ler!"
Sim, isso mesmo, a narrativa é feita pela Morte e devo dizer que em certos momentos acabei rindo com seus comentários sarcásticos. Muy engraçadinha ela! Mas a Morte dá a história uma visão única que de nenhuma forma outro narrador seria capaz! Se até ela achou que essa história valia a pena ser contada, porque eu não me interessaria por ela?
A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, e de modo paralelo aprendi muito mais do que nas aulas de História na escola. A realidade e as marcas que a Guerra deixou na Alemanha, devastando famílias, seja com a morte, seja com a miséria, seja com o terror, o sofrimento do judeus, me mostraram mais uma vez que na guerra todos perdem e como diria Alfonso Herrera:
"Só quem ganha com a Guerra é o ego dos governantes".
E por fim, devo dizer que "A menina que roubava livros" é sobretudo uma história de amor e amizade! Confesso que durante a leitura eu fiquei um pouco perdida sobre onde o autor queria chegar com ela. Normalmente, você vai ler e a medida que os capítulos passam, você vai tentando prever o final. Isso não acontece com essa história! O que pode tornar ela um pouco maçante, mas por favor, chegue ao final dela. Acredite, o final valerá cada uma das páginas lidas anteriormente. Lembro-me que ao fechar o livro após terminar de lê-lo, minha mãe chegou no quarto e eu estava com o rosto molhado por minhas lágrimas. Ela perguntou o que houve e eu respondi "O livro mãe, o livro..." "O que foi, não é bom?" "Sim, mas esse final superou tudo, é triste e lindo". E todas as pessoas que tive a oportunidade de conversar e que já leram este livro, choraram com o seu final! Sobretudo, uma história de amor e amizade, não esqueçam disso! Conheça, Liesel Meminger, a roubadora de livros que se encontrou 3 vezes com a morte! Grave esse nome "Rudy Steiner"! E não esqueça, o amor salva!

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