Sabe quando você ouve exatamente aquilo que não queria ouvir, ou aquilo que precisava ouvir? Sabe quando uma pessoa te surpreende com uma palavra ou um gesto inesperado? Sabe quando você vê algo que te surpreende? Sabe quando alguém te decepciona ou te encanta? Sabe quando tudo isso acontece de tal maneira que você não possa ou talvez não queira esboçar um reação? Eu sei que sabe. Quem nunca passou por isso? Quem nunca sentiu isso? Aquele nó na garganta que se forma, pela palavra que não consegue pronunciar, pela lágrima que não deseja derramar ou talvez por um coração que tão descompassado não sabe como reagir. Por um breve momento, todos os sentimentos permanecem ali presos na sua garganta, tornando de certa forma físico o nó que há nos seus pensamentos e no seu coração. Você evita olhar para os lados, temendo que as pessoas percebam o que se passa por dentro do seu ser. Afinal esse nó que aprisiona e te sufoca, uma hora ou outra precisa sair dali. Momentaneamente ele evita que as lágrimas transbordem por seus olhos, mas em definitivo eles tiram as amarras do seu coração e um peso que sem saber tem carregado por muito tempo. Eu não sei como desatar o seu nó, eu não sei nem ao menos desatar os meus, eu só sei que eles existem e se fazem presente quando menos esperamos, sinalizando que há algo preso dentro de nós que precisamos permitir aflorar, pois não devemos temer a felicidade e nem nos martirizar eternamente por nossos problemas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário