sábado, 21 de fevereiro de 2015

Para o Amor!

Queria escrever uma carta de amor, mas o que é o amor? Ah, eu posso responder, eu o conheço, eu o senti, mas já não o tenho, já se perdeu no sentido. Talvez então, eu deveria perguntar para quem? Quem é você o amado do amanhã que nunca chega? Quem é você que não veio invadir meu sono e se transformar em meu sonho? Quem é você que não está ao meu lado para dividir, perto para somar e nem longe para eu lembrar que a saudades se multiplica e o amor que não cessa, não diminui nem com a distância e nem com o tempo? Ah o amor, que ocupa versos transcritos, estrofes cantadas e corações antes vazios. O amor que dá sentido a vida nas suas infinitas formas e faces. Meus versos não possuem um dono, estão soltos, perdidos em um oceano de sentimentos não sentidos e lembranças não vividas. Escrever ao amor e colocá-lo em uma garrafa para vagar pelos dias sobre ondas e tempestades, pela calmaria e imensidão, esperando que alguém tome posse. E este alguém destranque a rolha que o prende em alguma praia, em algum amanhecer, durante uma caminhada, talvez até para esquecer. Mas quem sabe ali encontre um motivo para viver, para querer, porque ali está uma carta de amor que procura alguém para ser o seu amado e dar sentido ao seu significado, pois sem o outro lado o amor é apenas uma palavra de 4 letras e não este sentimento que se leva no peito e se espalha por entre os dedos através da tinta ou do abraço, através da boca na fala, no canto e no beijo e nos olhos, nas lágrimas que não podem ser contidas. Quero eu escrever, quero eu que encontrar o amor não seja uma questão de sorte, como alguém encontrar uma garrafa na praia, quero eu um alguém com nome e endereço para que eu saiba onde o encontrar. Quero que o amor deixe de ser apenas uma teoria e vire uma rotina e eu então, transforme as perguntas em respostas, as dúvidas em vivências e eu em nós!


Nenhum comentário:

Postar um comentário